Por milênios a humanidade vem repetindo padrões de revestimentos muito simples, em geral correspondendo a quadrados, retângulos ou formas irregulares aleatórias.
Salvo raras exceções da antiguidade, padrões hexagonais, chevron, estrelas e outros sempre foram raros e reservados a altas classes das sociedade. Vemos alguns exemplos de padrões encontrados sem sítios arqueológicos na galeria abaixo:
Entretanto, uma vez que o padrão construtivo mais fácil é o costurado (como tijolos) ou alinhado (como azulejos), estes são padrões que os encontremos na maioria dos revestimentos. Além disso, são os de melhor manuseio e rendimento, ou seja, menores perdas. E por isso, usar eles na diagonal implica maiores perdas também, nos recortes do perímetro da área revestida.
De certa forma, eles não transmitem uma mensagem estrutural nem química. Por si só, são neutros. Mas as outras tendências que transmitem, ganharam espaço recentemente, não porque houve um revival das tendências da antiguidade, ou simplesmente as indústrias lutaram contra o "tédio" e impulsionaram as vendas: as novas geometrias ganham espaço em nichos muito específicos da arquitetura e design de interiores, graças ao momento altamente tecnológico que a sociedade tem vivido. Pois é necessário que haja reconhecimento e diálogo entre consumidor e produto. Se não há identificação, nada acontece.
Pesquisas sobre supermateriais, tecidos de altíssima resistência, grafeno, teflon, nanotecnologia, mineralogia, coletes a prova de bala, teias de aranha... todas essas e muitas outras linhas de conhecimento tem interferido para que as unidades construtivas de nossa sociedade multicultural tenha se transformado do quadradinho insípido, para desenhos de elementos estruturais e químicos. Formas que lembram o anel de benzeno, minerais preciosos, arranjos atômicas cristalinos, do grafeno, de diversos compostos da química orgânica, assim como as formas de minerais em escala visível: todos resultados da natureza atômica de suas conexões.
Sendo a arquitetura e o mobiliário também passageiros desses avanços tecnológicos, e nossa percepção à harmonia, a ponte para o conjunto maior, é natural que essas texturas "avançadas" entrem em nossos lares e comércios e espaços públicos.
Texturas tridimensionais, possíveis graças a avanços técnicos da indústria cerâmica e deliberadas decisões produtivas, elevam a outro nível a percepção de que o futuro já chegou. E felizmente, um ambiente que exala tecnologia incentiva ao crescimento da mesma, influenciando também o resultado educacional de seus usuários.
E apesar de não possuirmos impressoras residenciais, como as que estão sendo testadas para missões em Marte para a construção de Habs e colônias extra-territoriais, em breve poderemos ver essa linguagem orgânica de colméia de abelha, ao microscópio, chegar em nosso meio. Muitas empresas já estão investindo ha anos.
E nessa dança entre o 90° industrial, econômico e neutro, e todo o restante, a beleza deve ser escolhida a dedo, por profissionias, que possam te orientar a ter um lugar para viver e sentir prazer na medida certa!
Abaixo algumas sugestões de mobiliários em marcenaria ou outra técnica, todos possíveis, com variações de custos finais!
Inspire-se, pois mesmo que a solução seja apenas uma textura ou uma simples linha, diagonal de led por exemplo, tais decisões fazem parte de um contexto psicológico mais básico que nos direciona: a predisposição para abrirmos o pensamento e pensarmos fora da caixa, literalmente. Porque a caixinha tem 90° em todos os cantos não é mesmo? E que as críticas ao cartesianismo ortogonal não sejam apenas retóricas empoladas e egocentricas, mas práticas acessíveis que não comprometam a viabilidade de nossos sonhos!
Fonte das imagens: internet.
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Texto por Arquiteto Gabriel Noboru Ishida (11)999128929 - www.arkdesign.com.br
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